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segunda-feira, 27 de setembro de 2010


Last and First Entry of my own Diary

É estranho como ultimamente eu venho escrevendo pelos motivos errados, pelas razões que eu nunca achei que fossem guiar meu destino. Mas a vida é assim, e o que há de se fazer com ela a não ser vivê-la sem arrependimentos e com a sensação de que não se deixou nada para trás e de que quando sua hora chegar você poderá dizer que tudo valeu a pena?

Tenho me descoberto muito nos últimos tempos, e a cada meditação, a cada suspiro profundo, chego mais perto de minha verdadeira essência, pois cada vez mais descubro que me tornei um renegado, um mal – amado por todos que vou contra e que luta pela felicidade de seus bons e poucos amigos.

Tornei-me? Acho que não. Quiçá sempre fui assim, um bicho ruim mesmo e que nunca se importou com isso. Afinal, o que é a maldade? O que vem a ser bom? O sentido das coisas já não é mais o mesmo para mim.

Meus olhos flutuam em lagos cinzentos e enxergo verdes horizontes que giram sobre minha cabeça assim que desperto nas areias macias de praias brancas. Lá eu me espreguiço, coloco meus velhos óculos escuros e vou para um lugar onde tenha café, ou uísque, ou os dois ao mesmo tempo, a ordem do caos é a única que me interessa neste momento.

Olho para o sol e o relógio me diz que é hora de nada, então por um momento fico encarando as pedras de gelo que me dizem: “Corre! Corre! És livre!”. E assim lá vou eu. Sigo em minha busca de longas caminhadas que minhas pernas já cansadas não conseguem mais largar. Sou um guerreiro obstinado, um palhaço sem risada, um rei sem rainha a coroar.

E assim a noite desce e suave a brisa vem me namorar. Beija meu corpo suado, lambe minhas lágrimas amargas e com prazer fala que vai me acompanhar. Deitamos na areia cinza, onde minha eterna ninfa com prazeres divinais me satisfaz.

A noite segue calada, ficamos ensaiando gestos que nenhum namorado jamais fará. Juramos promessas eternas, com aquelas palavras mais belas que nunca mais ouvirá.

Daí a manhã chega, esquece-te de mim e te vais a voar. Fico sozinho de novo e mais uma vez começo a vagar. E assim vou indo, pela sina do meu destino, sou peixe sabido que não volta para o mar. Ando de praia em praia, confisco saia a saia, até que minha vida um dia eu sei que vai se cessar.

Mas enquanto essa hora não chega, peço – te, por favor, não se aborreça, e lembre-se de mim toda vez que for olhar o mar, pois pode ser que nem bem afastado, bem aí do seu lado, eu esteja a passear.

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